segunda-feira, 11 de março de 2013


A tuba

A tuba é o mais grave dos instrumentos da família dos metais de sopro e o que foi incorporado mais recentemente na orquestra. O seu surgimento data de meados do século XIX e foi fruto das novas tendências musicais e dos gostos que imperavam na época. Descendente direta do serpentão e do oficleide, a tuba moderna nasceu graças aos avanços técnicos num século em que  o trabalho artesanal imperava em todos os estágios de construção. Neste sentido, a adoção de um sistema de pistões que permitiam executar a tonalidade das notas da escala musical provocou uma revolução no fabrico deste grande instrumento de sopro, que a partir de então se tornou onipresente nos desfiles militares, da Rússia aos Estados Unidos da América. Portem, o seu som grave, as múltiplas variantes que apresenta e o timbre profundo que o caracteriza facilitaram a sua expansão para além do âmbito estritamente militar. Assim, alem da sua introdução na orquestra e em alguns grupos de câmara, no inicio do século XX as primeiras bandas de jazz adotaram a tuba para exercer a função que mais tarde seria desempenhada pelo contrabaixo. Após um pequeno período no esquecimento, foi recuperada por Miles Davis e reintroduzida nos grupos de jazz, e desde então conseguiu fazer pequenas mas decisivas incursões no mundo do rock.

Um instrumento de peso
A tuba moderna, tal como se conhece atualmente, nasceu no ano de 1835 pela mão dos alemães Wilhelm Wieprecht e Johann Gottfried Moritz.
No entanto, os seus antecedentes remontam à ultima década do século XVI, quando o francês Edmé Guillaume, um cônego de Auxerre, inventou o serpentão, um curioso instrumento de madeira forrado em couro. A característica forma ondulada do serpentão facilitava a execução das peças, visto que a própria ondulação do tubo tornava os seis orifícios muito mais acessíveis ao intérprete. O serpentão, que media mais de dois metros de comprimento apresentava um bocal em forma de taça, era utilizado basicamente para acompanhar o canto grave nas celebrações eclesiásticas. Por isso, possuía uma potencia sonora que diferia muito da que mais tarde a tuba adquiriu. A sonoridade doce do serpentão o transformou num instrumento muito apreciado nos séculos seguintes. No século XVIII teve uma grande aceitação na Grã-Bretanha onde, alem de ser utilizado nos serviços religiosos, se converteu também no baixo das bandas militares de sopro. Apesar de o serpentão ter caído em desuso ao longo do século XIX, alguns compositores, como Wagner em RienziI, Verdi em I vespri siciliano ou Rossini em L’assedio di corinto, continuaram a utilizá-lo. Posteriormente, numa tentativa de dar vida dos instrumento, foram-lhe  acrescentadas chaves, embora seja certo que isto não resolveu um dos principais problemas que apresentava: a dificuldade de afinação. Coincidindo com a pouca utilização do serpentão, antecessor do bombardino ou eufônio, um novo membro da família fez a sua entrada em cena nos finais do século XVIII, o oficleide. Tratava-se de um instrumento de metal com chaves articuladas, semelhante a um comprido fagote, que se tocava com uma boquilha de metal ou marfim. Apesar de ter sido inventado em 1790, Halary, um construtor francês, só obteve a patente em 1821. Deste modo, o oficleide, cuja etimologia vem do grego: ophis (serpente) e cleis (chave), ocupou o lugar do serpentão na orquestra, em 1850 época em que a moderna tuba monopolizou a atenção de músicos e maestros. O oficleide é considerado o antecessor mais importante e imediato da tuba, e foi usado, entre outros, por Mendelssohn em  Paraíso ou Sonho de uma noite de verão,  Schumann em Paraíso ou Berlioz em  Sinfonia Fantástica  ou em  A condenação de Fausto. Embora esta último compositor fosse um obstinado defensor deste instrumento, chegou a modificar algumas das suas obras, escritas inicialmnet para seram tocadas por ele, depois de uma viagem à Alemanha na qual ficou fascinado pela tuba.
Os pistões, a chave da tuba moderna
A invenção do sistema de pistões pressupõe uma verdadeira reviravolta na evolução dos instrumentos de sopro- metal, pois, através da combinação de três pistões, conseguia-se uma escala cromática completa. O prussiano Henrich Stölzel foi o primeiro que, em 1815, acrescentou a uma trompa natural um pistão inventado por ele próprio. Tres anos depois, Stölzel e Frederich Blühmel patentearam em conjunto um pistão acionado por uma mola, embora mais tarde cada um tenha atribuído a si o próprio mérito.
Em 1835, Wilhelm Wieprecht e Johann Gottfried Moritz, de Berlim, adaptaram ao oficleide o sistema de pistões inventado vinte anos antes por Stölzel. Embora este instrumento tenha sido o primeiro a receber o nome de tuba, a verdade é que anteriormente existiram outros que podem ser considerados protótipos da tuba e do bombardino ou eufônio, tais como a trompa e o trompete baixos de Stölzel ou a tuba contrabaixo do tcheco Cerveny, de 1834.


Da trompa de caça à tuba de concerto
No inicio do século XIX registrou-se na Rússia a presença de trompas de caça que podem ser consideradas as antecessoras da tuba moderna, embora não de uma forma tão imediata como o oficleide. Naquele país foram formados agrupamentos compostos por 16 a 36 pessoas que tocavam trompas de caça. Estes conjuntos eram formados por membros da corte que não eram músicos profissionais, e cada um deles tocava apenas uma nota, de modo que o resultado era mais o de um órgão do que de uma trompa de caça. O trompista tcheco Johann Anton Maresch, que viveu no século XVIII, foi o inventor deste curioso sistema idealizado a pedido da czarina Isabel Petrovna, que exigia um acompanhamento musical na maior parte das atividades sociais da corte.
Supostamente, o hélicon, uma tuba circular, foi inventado na Rússia em meados do século XX. A sua principal particularidade é a de se enroscar em volta do tronco, o que o torna ideal sobretudo para os músicos das bandas militares, que muitas vezes tem de tocar enquanto marcham.
Quatro anos após a sua invenção, em 1849, o vienense Ignaz Stowasser lançou a produção do modelo e tornou-s se conhecido em outros países.
Paralelamente ao desenvolvimento de hélicon, a tuba moderna foi aperfeiçoada em 1845 pelo inventor do saxofone, Adolph Sax, e ganhou um lugar em todas as orquestras, representando o papel do contrabaixo na seção dos metais. Sax deu maior amplitude do tubo, aumentou a campânula, inclinou-a ligeiramente para a direita e estabeleceu a posição vertical dos pistões na parte superior, melhorias que contribuíram para o desenvolvimento e difusão da tuba nas diferentes áreas musicais.

A tuba wagneriana, um hibrido muito popular
Em meados do século XIX apareceu o que erradamente se conhece como tuba wagneriana, por ter sido Richar Wagner o seu inspirador, um instrumento que, na realidade, pertence à família dos cornofones. As Wagner-tuben tem o orifício central a meio caminho entre o da trompa e o do bombardino ou eufônio, possuem quatro pistões e foram pensadas para serem tocadas pelos trompistas, que se serviam dos bocais dos seus próprios instrumento.
Tuba Wagneriana
O compositor procurava uma ponte entre a trompa e o trombone, na sua ânsia de conferir novos matizes sonoros á orquestra. Com efeito, o novo modelo de tuba estendeu o som da trompa até ao registro grave e chegou ao menos grave dos trombones. As tubas wagnerianas, ou “tubas-trompas”, espécies de tubas em miniatura, de timbre potente, que davam um som mais solene do que as tubas tradicionais, eram afinadas em si bemol ou em fá. Utilizadas pela primeira vez em O anel dos Nibelungos, em 1869, continuaram a ser utilizadas em quartetos (duas em cada uma das afinações). Além disso, posterirmente, outros compositores, como Bruckner, Mahler, Strauss em Electra ou Strewinsky na versão original de O pássaro de fogo, utilizaram também a tuba wagneriana nas suas composições. Durante a década de 1860, as chamadas Bandas Wurm do exército russo, que devem o seu nome ao trompetista e maestro alemão Wilhelm Wurm, popularizaram o uso da tuba. No entanto, a interpretação e, por conseguinte, o resultado final, estava longe de serem exemplares. Os músicos não praticavam e tocavam mais por obrigação do que por devoção.
Só em meados da década de 1870 se iniciou uma reforma das bandas militares, na qual participaram, entre outros Nikolaj Rimski-Korsakov e o prestigiado fabricante de instrumentos de metal Cerveny, que instituiu o uso de exemplares afinados em si bemol ou em mi bemol (anteriormente conviviam as diferente afinações). Na mesma época, em 1875, Julius Heinrich Zimmermann abriu uma loja de música em São Petesburgo, que ampliou mais tarde com numerosas sucursais em outros países. A qualidade das tubas que fabricava pode hoje ser apreciada nos poucos modelos Zimmermann originais que chegaram aos nossos dias.
O elevado grau de perfeição técnica obtido ao longo do século XIX na construção de tubas fez com que alguns fabricantes se dedicassem a experimentar o fabrico de novos modelos. Neste contexto deve se situar Josej Josefovich Scediwa, que tinha fundado uma fabrica de instrumentos em Odessa e, em 1882, inventou o “herculesofone”, um variante do hélicon. Josefovich, que tinha trabalhado juntamente com  construtor Cerveny, publicou em Manual para a Produção e a Encomenda de Instrumentos de Sopro de Metal, que incluía inúmeros esquemas e esboços.

Desfiles militares e locais de jazz
No inicio do século XX, o sousafone, outro dos membros da família da tuba, apareceu nos cenários norte-americanos. Tratava-se de uma variante do hélicon desenhada em 1908 pelo compositor de ascendência portuguesa John Philip Sousa.
Sousafone 
O sousafone caractariza-se pelo uso exclusivo de pistões em vez de cilindros e por uma maior amplitude da campânula em relação à tuba convencional. Tratava-se de um protótipo baixo, com um grande orifício central e com um anel no pavilhão. Embora habitualmente se considere que o sousafone foi inventado pela empresa C. G. Conn, em declarações proferidas em 1922, o próprio Sousa reconhecia que o instrumento que tinha o seu nome foi construído inicialmente por um fabricante da Filadélfia chamado J. W. Pepper, embora a partir da década de 1960 tenha sido C. G. Conn, de Elkhart, Indiana, a trabalhar o desenvolvimento das campânulas de fibra de vidro para dotar o instrumento de maior leveza e torná-lo ideal para ser utilizado em desfiles.
Desde então, o design geral do protótipo tem-se mantido praticamente igual, embora tenham aparecido modificações que incluem instrumentos de quatro, cinco e seis pistões. Válvulas rotativas e tubas conversíveis concebidas especialmente para serem utilizadas tanto nos instrumentos de marcha como nos de concerto. Mas o campo militar não foi o único em que se destacaram os instrumentos da família da tuba. As formações de câmara, concretamente o quinteto de metais, formado por dois trompetes, uma trompa, um trombone e uma tuba, conferiram papéis muito relevantes ao instrumento, sobretudo ao longo do século XX. Assim, à medida que a sua importância na orquestra crescia e já não se limitava a suportar a linha dos trombones mas, pelo contrario, ganhava mais relevo como solista, os compositores do século XX deram-lhe maior peso nos seus quintetos. Destacam-se, aqui, as composições de Leonard Bernsteins, Iannis Xenakis, Hans Verner Henze, Joan Guinjoan ou Xavier Montsalvatge.
Ao contrario do que se poderia pensar, o repertório clássico não é o exclusivo da tuba. Desde as primeiras décadas do século XX, as formações de jazz de New Orleans, Luisiana, bem como as orquestras de dança, a adotaram, juntamente com o hélicon, para executar o trabalho que mais tarde seria desempenhado pelo contrabaixo. Depois de um período de abandono, pois durante a década de 1930 vários músicos tinham deixado a tuba a favor do contrabaixo, muito mais leve, a tuba foi recuperada por Miles Davis e introduzida de novo em inúmeras formações, nas quais atualmente continua a desempenhar um papel importante.
Philip Catelinet, Rober Bobo e a formação de tubistas excepcionais
Embora a tuba tenha aparecido em meados do século XIX, só no século XX começou uma verdadeira escola de tubistas profissionais que se encarregaram de explorar e de difundir as possibilidades sonoras do instrumento. Apesar disso, algumas bandas de sopro do século XIX já contavam com tubistas tecnicamente muito capacitados. Era o caso da formação integrada pela família Distin, com John Distin à frente, responsável em grande medida pela expansão das bandas de sopro-metal na Grã-Bretanha. O construtor belga Adolphe Sax criou especialmente para eles um grupo de bombardinos com os quais realizaram uma turnê pela Europa.

A escola russa
Nos últimos trinta anos do século XIX, a escola russa tomou a iniciativa. As Bandas Wurm do exército russo davam fé disso. O próprio Wilhelm Wurm, um alemão radicado na Rússia, que deu o nome a estes agrupamentos, era trompetista e chefe de orquestra.
Na Rússia formaram-se numerosos profissionais que se dedicaram ao ensino da tuba nas mais prestigiadas academias musicais. Foi o caso de Franz Türner, tubista e trombonista, que nos finais do século ensinou no Conservatori de São Petersburgo, ou de Wilhelm Schonekerl, músico da orquestra da ópera dessa cidade.
Os arquivos dos teatros e orquestras russos citam um interminável lista de tubistas estrangeiros: Wilhelm Hoppe, e Karl Tormann na orquestra do Ballet de São Petersburgo, Hermann Topfer, Hubert e Saalborn no Teatro de Bolshoi de Moscou, etc. Czares e czarinas preferiam contar com os serviços de especialistas  estrangeiros a confiar os palcos ao talento musical dos seus súditos.
Finalmente, a criação de um ensino especializado pôs à disposição dos músicos russos uma formação de qualidade inexistente até então, que possibilitou o aparecimento de virtuosos como Vladmir Ivanivitch Zintchenko, solista durante mais de três décadas na Filarmônica de Leningrado, ou os seus alunos Nikolaj A. Kouivanen e Valentin V. Galouzine. No Teatro Bolshoi, iniciaram-se intérpretes com a grandeza de Fiodor Mitrofanovitch ou Alexandre Ivanovitch, embora talvez entre todos tivesse destaque o nome de Vladislav Nikhailovich Blazhévich, a quem é justo dar o título de fundador da escola soviética de trombone e de tuba.
Durante o século XX, alguns intérpretes russo continuaram a destacar-se na execução de repertório para tuba. Vladimir Matchéznkho realizou incontáveis voltas ao mundo de o virtuoso Alexei Lébédev, falecido no final do século XX, ocupou durante dezesseis anos o lugar de solista do Bolshoi e criou a sua própria escola de tuba. Em 1998, a Tubists Universal Brotherhood Association atribuiu-lhe a sua maior distinção, a título póstumo, como homenagem às suas contribuições para a difusão deste instrumento.

Os Estados Unidos e o sousafone
Na década de 1860 apareceu nos Estados Unidos a figura de John Philip Sousa, um luso-americano estreitamente ligado às bandas militares, fonte da qual beberam todos os tubistas russos. Este maestro e compositor começou a tocar com treze anos na Marine Band, formação para a qual foi nomeado regente em 1880. Porém, demitiu-se para formar a sua própria orquestra, a Sousa’s Band, com a qual triunfou em todo o mundo. Além de enriquecer instrumentalmente as bandas, Sousa é conhecido sobretudo por ter inventado uma tuba contrabaixo circular (uma variante do hélicon) ideal para os desfiles: o sousafone.

Bobo e Catelinet: o despontar da tuba clássica
Se ao longo do século XIX a tuba ocupou um papel determinante nas bandas militares, que de certa forma ainda mantém, a partir do século XX aumentou a sua importância no campo da música clássica. Muitos compositores dedicaram-lhe varias obras, e intérpretes dos mais diversos países iniciaram a sua aprendizagem. Assim, é neste terreno que temos de procurar os grandes mestres da tuba. William Bell, Jéns Jorguensen, John Fletcher e sem sombra de dúvida, Roger Bobo e Philip Catelinet conseguiram um merecido reconhecimento internacional. É necessário mencionar que é tal o virtuosismo desse homens que alguns compositores escreveram peças especialmente pensadas para as suas características interpretativas. É o caso do concerto para tuba que o inglês Vaugham-Williams escreveu em 1954 para Philip Catalinet, solista da Orquestra Sinfônica de Londres. O norte-americano Roger Bobo, nascido em Los Angeles em 1938, criou as bases para que a tuba fosse considerada um instrumento solista de pleno direito desde que, em 1961, apareceu pela primeira vez no Carneggie Hall de Nova York. Depois de um curto período nos Países Baixos, ele, que foi membro fundador do Los Angeles Bass Quintet, regressou à Califórnia em 1964 para se juntar à Orquestra Filarmônica de Los Angeles, então sob a direção de Zubin Mehta. Desde a década de 1990 vive na Itália e dedica-se ao ensino da tuba e à direção de diversos grupos orquestrais.
Além da utilização de eufônios e hélicons, o século XX caracterizou-se pela recuperação de instrumentos antigos que tinham caído em desuso. Assim, encontramos verdadeiros profissionais do serpentão, como Philip Palmer, que encomendou uma cópia de um serpentão de quase cinco metros, Tra Wageknecht, Paul Shmidt, Donald Byer ou Douglas Yeo.

Do jazz do rock
O passar do tempo deu à tuba o ingresso em outras áreas além dos desfiles e das salas de concerto. O instrumento foi decisivo nos primeiros tempos do jazz, quando tinha a função que mais tarde foi desempenhada pelo contrabaixo. No inicio destacaram-se as figuras de Cyrus Saint Clair, Bill Benford, John Kirby ou Billy Tailor. Embora a tuba (ou por vezes o hélicon) começasse no mundo do jazz ao mesmo tempo que começava o novo século, não levou muito tempo a ceder o protagonismo ao contrabaixo. Miles Davis, consciente das possibilidades expressivas da tuba, não hesitou em recuperá-la na década de 1940, para o que contou com a ajuda cãs composições e arranjos de Gil Evans.
Brass Fantasy
A partir de então, as bandas que incluíram tubas começaram a proliferar. Em 1941 surgiu a Yereba Buena Jazz Band, de Lu Watters, um verdadeiro fenômeno de massas onde militaram grandes intérpretes de tuba como Bill Carroll, Ray Cadd ou Dick Lammi, que combinava a tuba com o hélicon e o sousafone e propunha um estilo simples e claro.
O trompetista Lester Bowie, líder do Art Assemble of Chicago, criou a Brass Fantasy na década de 1980, uma formação na qual a tuba era fundamental. Formada por oito músicos que tocavam metais e percussão, oferecia um repertório conhecido, mas que se caracterizava pela elevada capacidade de inovação, baseada no funk, na música latina, no pop e no rythm’n’blues.
No Brasil, alem das orquestras, a tuba se destaca nas bandas de música, onde, via de regra, sua função limita-se à marcação dos tempos fortes. Porém, em alguns dobrados do compositor mineiro João Cavalcante (1902-1985), a tuba participa como instrumento solista. Neste sentido, a tuba tem um papel de destaque nos dobrados Seresteiro,  Pretencioso e Saudades -  o primeiro com data de composição incerta e os outros da década de 1930-1940.
É também importante salientar o trabalho recente do tubista Wilthon Matos, que além de intérprete realiza importante tarefa de ensino e difusão do instrumento.
A tuba apareceu esporadicamente no mundo do rock pela mão de Peter Gabriel, de The Alan Parsons Project, em Pyramid, dos Supertramp, em Breakfast in America ou dos Pink Floyd, em The wall.

Fonte: fascículo da Coleção Instrumentos Musicais - Editora Salvat

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